#4 Amigoscomercialfoto - Fotografar Botânica com Pedro Brum

15 maio 2020, sexta-feira . Comercialfoto , Fotografia


 

#amigoscomercialfoto


Em primeiro lugar quero esta semana apresentar uma novidade para os todos aqueles que seguem esta nossa publicação semanal “Fotografe com os amigos da Comercialfoto”: Vamos ter em breve um micro site dedicado a este tema!! 

Contamos dentro de poucas semanas ter mais novidades por isso fiquem atentos a esta newsletter. 
Esta semana voltamos a ter uma série de dicas do nosso amigo Pedro Brum, desta feita sobre fotografia de botânica.  

O Pedro Brum e eu temos uma relação muito para alem da profissional, que já dura há 30 anos. Foi o meu primeiro cliente em Portugal, quando garanti a representação da conceituada marca Suíça de iluminação a Broncolor. Ou seja o Pedro foi dos primeiros fotógrafos a ter o seu estúdio equipado com esta marca de iluminação na versão atualizada da marca. 


 




Existiam outros estúdios com algum material Broncolor, mas era material antigo. O Pedro foi o primeiro de mais de 60% dos estúdios fotográficos na altura em Portugal a equipar-se com esta marca, que era considerada um verdadeiro Rolls-Royce da Iluminação de Flash Profissional. 

Hoje o Pedro gere a Casa da Cidade, um lindíssimo espaço de Turismo de Habitação em Ponta Delgada na Ilha de S.Miguel, Açores.   

Desfrutem então das dicas do Pedro sobre fotografia de botânica. 


João Carlos Pinto
CEO

FOTOGRAFAR BOTÂNICA

PARA PEDRO DO CANTO BRUM O SEGREDO ESTÁ NA LUZ E NA SOMBRA


Pedro Canto Brum, nascido em Lisboa, em 1955, desde muito cedo se dedicou a fazer o que mais gosta. Fotografar. As suas raízes açorianas levam-no para os Açores sempre que pode, porque é lá que se sente em casa.
Actualmente vive em São Miguel, Açores, a sua origem, 
onde se dedica a fotografar livremente e a produzir “Workshops” e passeios fotográficos, a par da gestão da “Casa da Cidade”, residência da família por ele recuperada, na qual faz turismo de habitação.

 

Veja mais sobre o trabalho de Pedro Brum.

#amigoscomercialfoto #pedrobrum #botanica


Na primeira fotografia (imagem 1) a luz é difundida através das nuvens, depois de esperar um pouco,
o sol apareceu e a imagem (imagem 2) apresenta uma maior textura e contraste.

Imagem 1 - Luz Difusa
Imagem 2 - Luz dura (contrastada)

 
 
 
Com o flash equipado com o cartão e virado para a esquerda, utiliza-se uma cartolina forrada com papael prateado, que pode ser papel de alumínio, e coloca-se à esquerda para refletir a luz de lado na flor, assim consegue-se uma lateral em vez de luz direta do flash ficando a flor com uma iluminação mais bonita.
Prendemos a flor com fita cola para que não abanasse com o vento.
O cartão preso com um elástico à volta da lâmpada de flash é simplesmente para que a luz seja canalizada e não se espalhe para os lados.
 
 
 
A primeira fotografia é feita apenas com luz ambiente de um dia encoberto, sendo uma luz suave.A exposição utilizada foi de f/5.6 e 1/80.
A câmara encontra-se num tripé.
A segunda fotografia foi utilizado um flash e uma cartolina como descrito acima e a abertura manteve-se (f/5.6), por outro lado a velocidade alterou-se para 1/800 e o flash na posição H para ser possível a sincronização a 1/800.
Obtendo-se uma fotografia iluminada só pela luz do flash e sem luz ambiente.
 
Na terceira fotografia, com a mesma abertura f/5.6, a velocidade baixou-se para 1/125, assim temos a flor com a mesma luz lateral mas captamos também a luz ambiente, mas menos intensa que na primeira fotografia.
O flash já não necessita de estar na posição H, pois a velocidade de sincronismo é de 1/200.
 
 
 
Um dia encoberto é excelente para este tipo de fotografias, a luz suave e sem sombras muito duras, a exposição foi de f/6.3 e 1/40.
 
 
Aqui colocou-se um flash externo, que se pode por em câmras DSLR e compactas desde que tenham sapatas de flash.
Aumentou-se a velocidade para 1/320 e o mesma  abertura (f.6.3), assim não existe influência da luz ambiente, para que se possam utilizar velocidades superiores à de sincronismo, tornando necessário a colocação do flash na posição H, mas atenção que, quanto mais alta a velocidade, menor a potência do flash.
 
Com o flash virdo para a direita, colocou-se um cartão branco a servir de refletor, para que a luz que inside na flor seja, lateral para dar mais volume e ser difusa.
 
 
 
 
Um simples refletor pode fazer muita diferença.

Neste fotografia (imagem 1) as flores foram fotografas com a luz do Sol direto.
Na fotografia (imagem 2) utilizou-se um difusor, (imagem 3) que pode ser papel vegetal, um tecido translúcido ou qualquer outro material do género.
A grande diferença entre estas imagens é que na primeira a luz é mais dura e as sombras mais marcadas, logo a fotografia é forte em contraste e cor.
 
Na segunda fotografia, como a luz é mais suave devido ao “Filtro translúcido”, o contraste é suave as cores são mais pastéis, a diferença entre luz e sombra é muito ténue.
O que temos de observar neste casp, é que qualquer das imagens está bem, não existindo uma melhor que outra, são tipos diferentes deiluminação para se observar a possibilidade de alteração de luz da forma que entendermos.
 
 
 
 
 
Fig. 1
A fotografia é feita com a luz do dia, dia de sol.
A câmara está num tripé,
Diafragma a f/8
Velocidade 1/125
ISO 200.
Fig. 2
A fotografia é feita com a luz do dia, encoberto.
A câmara está num tripé.
Diafragma a f/8
Velocidade 1/30
ISO 200.
Fig. 3
Aqui além da luz dia acrescentou-se um flash do lado esquerdo.
Diafragma a f/8
Velocidade 1/30
ISO 200
Fig. 4
Esta fotografia é idêntica à anterior mas o flash está na posição “H” que permite sincronizar a altas velocidades, neste caso 1/1000 f/13 assim a luz do dia não influência na imagem.
Fig. 5 
Esta fotografia é exatamente igual à anterior (Fig.4) mas tem um refletor do lado oposto ao flash, clareando assim a flor e as folhas do lado direito.
Fig. 6
Tudo igual à imagem da Fig. 4, a diferença é que colocamos um pequeno refletor no flash para tornar a luz mais suave.
Fig. 7
Tudo igual à anterior, (Fig.6) só colocamos um refletor do lado direito.
 
 
Podemos sempre baixar a velocidade para captarmos um pouco de luz ambiente, como já vimos anteriormente.
 
 
 
Um pequeno truque para se poder alterar a direção de luz evitando assim a luz direta do flash.Pormenos do “acessório” para deflectir a direcção da luz do flash.
 
 
Fotografia da Fig. nº 1, feita com luz natural de um dia encoberto.Abertura f/4.5 tempo de exposição 1/15 e ISO 100.
 
Fotografia da Fig. nº2, com o acessório para deflectir o flash e um reflector, papel prateado, do lado esquerdo que ilumina a flor com uma luz difusa, manteve-se a mesma abertura f/4.5, mas alterou-se o tempo de exposição para 1/250 para não ter influência da luz ambiente-
Nesta câmara o sincronismo é de 1/500 podendo assim usar 1/250 sem problema.
 
 
Usando um reflector, que pode ser papel prateado de cozinha, do lado esquerdo, consegue-se iluminar a flor com uma iluminação difusa que vem do flash.
 
 
 
 
Isto será o mínimo necessário para se fotografar flores ou plantas: tesoura para cortar uma ou outra folha que esteja com mau aspecto, água, pano e cotonetes para eventualmente limpar folhas ou flores, um tripé, fundamental não só para alguma exposição mais longa, mas também para se ter as mãos livres para poder segurar um reflector ou difusor ou até no flash, o cartão com o elástico é para se pôr no flash para que a luz seja mais direccionada e não se espalhe para os lados podendo iluminar zonas que não se prentende, um anel de extensão podendo assim fotografar mais próximo da flor e por fim um cabo disparador que não sendo indispensável dá muito jeito.
 
 
 

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